Resistência de fungos na soja: como realizar o controle?

Por que utilizar fungicidas na sua lavoura de soja?

O uso de fungicidas foi um marco para a proteção das culturas agrícolas, sendo hoje a principal ferramenta no controle de pragas e doenças, especialmente contra os principais fungos da soja. Sua flexibilidade, facilidade de aplicação e resultados se tornaram essenciais nas lavouras.

Contudo, o uso incorreto acelera o surgimento de fungos resistentes. Falhas no manejo de fungicidas, como as listadas abaixo, comprometem a eficácia dos produtos:

• Não rotacionar ingredientes ativos;
• Utilizar doses fora da recomendação da bula;
• Desrespeitar a melhor época de manejo;
• Aumentar o espaçamento entre as aplicações;
• Não associar protetores aos fungicidas sistêmicos.

"Para combater o avanço do fungo resistente no Brasil, recomendamos fortemente a rotação de ativos. Não sabemos quais mutações surgirão, então, ao rotacionar os mecanismos de ação, garantimos maior eficiência no programa de controle", comenta Claudia Godoy, pesquisadora da Embrapa.

Como os fungicidas sistêmicos agem?

No início da aplicação nas plantações, os primeiros fungicidas eram de ação multissítio (contato), porque eles inibiam os processos metabólicos dos fungos.. Por causa disso, precisavam ser insolúveis, sem poder penetrar nem fazer a translocação nos tecidos vegetais.

Por isso, com o passar dos anos, foram desenvolvidos os fungicidas sistêmicos, que revolucionaram o controle de pragas e doenças ao penetrar na planta e erradicar o fungo da soja mesmo após a infecção. Contudo, por terem um modo de ação muito específico, eles facilitam o surgimento de fungos resistentes.

Isso acontece porque, em qualquer população, é natural que existam alguns fundos resistentes, assim, o fungicida vai atuar com um agente de seleção desses patógenos, que irão sobreviver e se tornar mais frequentes, fazendo com que o fungo se adapte a esse ambiente.

A forma de lançamento no mercado, incluindo o registro, as recomendações de uso e o acompanhamento do produto são etapas fundamentais para gerenciar esse tipo de problema. Antes de um produto ser lançado, estudos que analisam a variabilidade do patógeno em relação à sua sensibilidade ao fungicida já são realizados, mas você também pode adotar algumas estratégias de manejo a campo para reduzir esse risco de resistência à soja.

"Quando o produtor pensa em controle de doenças, o primeiro passo é ver a data de semeadura para saber quais são as doenças que costumam aparecer e o histórico daquela área para identificar quais fungicidas vão funcionar. Além disso, é preciso conhecer a eficiência de cada ativo no fungo para fazer um planejamento de acordo com a época de semeadura e a cultivar de soja, escolhendo sempre os melhores produtos", acrescenta a pesquisadora da Embrapa.

Estratégias de manejo para combater os fungos na soja

Para um eficaz manejo de fungicidas e para evitar a seleção de fungos resistentes, o produtor deve seguir boas práticas agrícolas. As principais são:

• Respeitar a época, doses e intervalos de aplicação recomendados no rótulo ou bula;
• Não utilizar mais do que duas aplicações do mesmo produto em sequência;
• Utilizar os fungicidas de forma preventiva, evitando aplicações curativas com alta pressão das doenças.

Essas ações fazem parte de um manejo integrado de doenças mais amplo, que também inclui o uso de sementes sadias, escolha de variedades resistentes, rotação de culturas, adoção do vazio sanitário, eliminação de plantas voluntárias na entressafra, utilização de cultivares de ciclo precoce e semeadura no início da época recomendada, tudo com o objetivo de reduzir a sobrevivência do fungo da soja na área.

Para apoiar esse manejo, a Bayer oferece o mais robusto programa de fungicidas contra os principais fungos da soja. São sete ativos combinados em doses eficazes e formulações de alta tecnologia.

O sistema completo da Bayer (Nativo®, Fox® Xpro, Fox® Supra e Sphere Max®) garante o máximo espectro de controle, protegendo a lavoura e combatendo o avanço de fungos resistentes.