Blog do Agro

Sojicultor: prepare-se para uma safra livre de pragas!

Saiba como identificar e manejar as lagartas que atacam as lavouras de soja20 de março de 2023 /// 5 minutos de leitura

As lagartas são consideradas devastadoras para a cultura da soja. Algumas espécies causam danos de até 70% na produção! Para se preparar para uma safra livre de pragas e manter esse problema bem longe de sua lavoura, é necessário fazer a identificação e o manejo corretamente.

Dentre as mais de 40 espécies identificadas pela Embrapa, as principais são lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis), falsa-medideira (Chrysodeixis includens), broca-das-axilas (Crocidosema aporema), lagarta-das-maçãs (Heliothis virescens), Helicoverpa e Spodoptera. Essas lagartas podem atacar as plantas desde o desenvolvimento inicial até a fase reprodutiva.

Lagarta-da-soja

Essa espécie pode causar mais de 30% de desfolhamento. Segundo a Embrapa Soja, os danos provocados nos últimos estádios de desenvolvimento são os mais graves. Quando essas lagartas são maiores do que 1,5 cm, podem ser encontradas tanto nas formas verdes como escuras.

Falsa-medideira

Provoca danos econômicos na fase vegetativa e reprodutiva. Sua principal característica é a locomoção, como se estivesse medindo palmos devido à presença de dois pares de pernas abdominais. Quando perfuram as folhas, elas deixam as nervuras centrais e laterais sem danos, promovendo um aspecto característico de folhas rendilhadas.

Broca-das-axilas

Os prejuízos causados por essa espécie são consideráveis quando apresentam alta incidência durante o estágio vegetativo. A praga reduz a altura das plantas, aumentando a formação de ramos secundários e diminuindo a altura de inserção das primeiras vagens, o que amplia as perdas da colheita.

Lagarta-das-maçãs

Essa praga pode atacar diversas culturas e tem grande potencial de dispersão. Quando recém eclodidas, se alimenta de folhas mais jovens, comprometendo os pontos de crescimento das plantas. À medida que aumenta de tamanho, se alimenta de estruturas reprodutivas.

Helicoverpa armigera

Esse inseto também pode causar grandes prejuízos nas lavouras de soja, atingindo quase 40% da produção. Ao atacar as plântulas, provoca desfolhamento e consome brotos. Na fase reprodutiva, gera danos nas flores e nas vagens.

Spodoptera Cosmioides

Essa lagarta apresenta listras amarelas ao longo do corpo. Ela pode causar danos mais severos por consumir praticamente o dobro de área foliar. Além de provocar desfolha, ataca as vagens.

Como identificar e monitorar as lagartas da soja?

A identificação correta das lagartas da soja é muito importante para realizar o manejo. Cada praga tem um tipo de controle específico e pode comprometer sua lavoura inteira se não reconhecida corretamente.

Para isso, o acompanhamento constante e contínuo é fundamental. "No campo, não é possível diferenciar com facilidade as Spodopteras, mas é possível diferenciar os grandes grupos. Nós recomendamos que o produtor sempre consulte os manuais de identificação, disponíveis gratuitamente no site da Embrapa Soja para consulta", explica Adeney de Freitas Bueno, pesquisador da Embrapa.

Além disso, o serviço Patrulha, oferecido pela Bayer, apoia os produtores no monitoramento das principais pragas de diversas culturas.

Essa ferramenta digital ajuda muito na tomada de decisão porque gera um relatório detalhado, identificando o nível de infestação por talhão. Outra característica importante do Patrulha é que ele é compatível com o Climate FieldView™.

Uso de biotecnologia protege contra o ataque de pragas

O uso de cultivares com a tecnologia Bt é outra importante medida de proteção contra as lagartas. As plantas que possuem essa biotecnologia apresentam resistência a diversas pragas devido à inserção de genes da bactéria que produzem uma proteína tóxica para alguns insetos.

Além dessa técnica, é indicado o plantio da área de refúgio, que se caracteriza por 20% da área total plantada com soja não Bt para proteger a longevidade da eficiência dessa tecnologia. "Se a gente quer a tecnologia Intacta2 Xtend® funcionando por muito tempo, tem que ter plantio de área de refúgio, que serve para produzir insetos suscetíveis e, assim, ter maior durabilidade de tecnologia", destaca Renato Horikoshi, especialista em manejo de resistência de insetos na Bayer.

A plataforma Intacta2 Xtend® propicia que as aplicações de inseticida sejam reduzidas, proporcionando práticas agrícolas mais sustentáveis. Ela possui, ainda, as variedades Xtend® Refúgio que garantem uma área de refúgio mais produtiva.

"A Intacta2 Xtend® vai ajudar o produtor a ter sua lavoura mais segura contra o ataque de lagartas. Ou seja, vai proteger contra a perda de produtividade", acrescenta o especialista da Bayer.

Vale lembrar que o tratamento de sementes é recomendado para proteger as plântulas contra pragas iniciais e que não são cobertas pela biotecnologia. Então, fique de olho em todas as etapas de monitoramento e manejo para não deixar sua plantação desprotegida, sojicultor!

exclusivo para usuários logadosArtigos salvos e temas de interesseRealize seu login para salvar artigos e escolher os temas de seu maior interesse. Você poderá acessá-los a qualquer momento, sem perder de vista nenhum conteúdo de relevância pra você.