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Melhores práticas: como realizar o manejo de pragas primárias do milho

As pragas primárias do milho podem causar impactos econômicos quando não manejadas adequadamente.13 de setembro de 2023 /// 8 minutos de leitura
Manejo de Pragas Primárias

O manejo de pragas primárias na cultura do milho é de extrema importância para proteger a produtividade e a sustentabilidade das lavouras. Para evitar perdas, e manter o ambiente produtivo em equilíbrio, é importante utilizar as diferentes práticas que fazem parte do Manejo Integrado de Pragas (MIP).

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), as pragas primárias são insetos que ocorrem em todas as safras. Além disso, estas pragas são responsáveis pelos maiores impactos na lavoura, que reduzem a produtividade da cultura, e causam prejuízos para o agricultor.

Atualmente, algumas das principais pragas primárias do milho são as lagartas broca-do-colmo (Diatraea saccharalis), lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus), lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea) e a lagarta-rosca (Agrotis ipsilon).

Dependendo da região produtora e época do ano, este quadro pode agregar outros insetos-praga, como a cigarrinha do milho (Dalbulus maidis), o percevejo barriga-verde (Dichelops spp.), e a vaquinha (Diabrotica speciosa).


Impactos das pragas primárias no milho

As pragas primárias do milho são insetos polífagos, que se alimentam de diferentes culturas. No entanto, ambas preferem se alimentar das plantas de milho.

Inclusive, algumas espécies de pragas primárias também se alimentam de culturas que integram o mesmo sistema onde o milho está inserido, como soja e algodão.

Isso significa que algumas pragas podem se alimentar durante a safra de soja, e na sequência, encontrar abrigo e alimento na safra de milho, por exemplo.

Os danos causados por estes insetos podem afetar a produtividade e a qualidade da produção.

Veja os impactos que as pragas primárias podem causar na cultura do milho quando não manejadas adequadamente:


Redução de produtividade
Quando lagartas se alimentam das folhas do milho, ou percevejos fazem picadas nos cartuchos, a planta perde área foliar, o que reduz seu potencial de fotossíntese. Por outro lado, quando há ocorrência de diabrotica, as raízes do milho são afetadas. Em ambos os casos a planta perde a capacidade de se desenvolver plenamente, reduzindo a produção de grãos.


Redução da qualidade da produção
Quando as pragas atacam a espiga de milho, a qualidade dos grãos produzidos é duramente comprometida. Além disso, o ataque de lagartas nas espigas pode servir como porta de entrada para doenças, que causam danos ainda maiores nas plantas.

O complexo de enfezamento, disseminado pela cigarrinha-do-milho, também reduz a qualidade da produção, pois as plantas afetadas produzem espigas de menor tamanho, com grãos murchos.


Aumento nos custos de produção
O ataque intenso de pragas pode provocar o replantio da lavoura, demandando o dobro de investimento para a operação.

Os custos também podem aumentar se houver demanda pelo maior número de aplicações de inseticidas, o que gera mais gastos com produtos, maquinários e pessoal.


Redução da sustentabilidade
Uma lavoura sustentável precisa produzir bem, causando baixo impacto ambiental e social. Lavouras sustentáveis também precisam se pagar, gerando a rentabilidade projetada pelo agricultor.

Porém, quando as pragas primárias não são manejadas, estes atributos são perdidos.


Manejo Integrado de Pragas primárias do milho

Existem vários recursos que beneficiam o manejo inteligente de pragas primárias do milho, como as tecnologias de proteção contra lagartas, presentes no “milho Bt”, e o tratamento de sementes industrial.

Mas além destes mecanismos, é necessário integrar outras práticas, constituindo o manejo integrado de pragas (MIP).

Confira as principais práticas do MIP, e como as tecnologias Bayer contribuem para a eficiência de algumas delas:

  • Identificação e monitoramento
    O primeiro passo do MIP é a identificação das pragas presentes na lavoura de milho. Isso envolve a observação e a amostragem frequente de insetos nas lavouras. As informações coletadas neste processo ajudam a determinar o nível de infestação, e quais técnicas devem ser empregadas para realizar o controle.
  • Práticas culturais
    A rotação de culturas, o cultivo de variedades resistentes, e a eliminação de restos de colheita e tigueras, são práticas culturais eficazes para prevenir infestações. Quando estas ações fazem parte da rotina da lavoura, é mais fácil manter os insetos abaixo do nível de dano econômico.
  • Controle biológico
    O controle biológico envolve a introdução de inimigos naturais das pragas, como predadores e parasitoides. O objetivo desta técnica de controle é manter o ambiente em equilíbrio, e reduzir o número de pulverizações de inseticidas químicos.
  • Uso estratégico de inseticidas
    Os inseticidas devem ser pulverizados apenas quando houver dados refinados de monitoramento de pragas, com foco em acertar o alvo no momento correto. Para esta prática, Bayer oferece os inseticidas CURBIX® e CONNECT®, eficientes no controle de sugadores.
  • Adoção de biotecnologia
    Sementes de milho que carregam biotecnologia de proteção contra lagartas, como o VTPRO4®, da Bayer, aumentam a proteção da lavoura, e reduzem o uso de inseticidas.

O MIP é contínuo

O MIP é um processo contínuo, que a longo prazo, pode gerar excelentes resultados na produção de milho. Por esse motivo, o MIP deve ser incluído no planejamento da safra.

Para obter êxito neste trabalho, é necessário monitorar regularmente as lavouras, observando a flutuação populacional de insetos-praga em geral, e avaliando a eficácia das estratégias de manejo.

É importante reforçar que a análise de dados e a adaptação constante são pilares do manejo integrados de pragas.

Continue em nosso site para mais uma leitura, e saiba mais sobre o manejo de pragas da cultura do milho clicando aqui.

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