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8 Cuidados Básicos com o Pulverizador Agrícola

25 de fevereiro de 2019

Usado em várias fases do ciclo produtivo, o pulverizador responde por grande parte do sucesso dos cultivos. Mas, quando não se tomam as precauções necessárias, ele pode comprometer resultados e elevar custos.

São muitas as etapas nas quais é usada a pulverização: são herbicidas, inseticidas, fungicidas, fertilizantes, enfim, uma grande gama de insumos responsáveis por elevar a produtividade das culturas.

Assim como outros equipamentos agrícolas, o pulverizador demanda cuidados básicos com a manutenção. Negligenciar esses cuidados pode significar redução de eficácia dos produtos aplicados e elevação dos custos pelo desperdício.

Levando em conta esses aspectos, apresentamos abaixo 8 cuidados básicos, mas essenciais, que devemos ter com o pulverizador para garantir maior eficácia nas atividades, prolongar a vida útil do equipamento e reduzir a contaminação ambiental. Acompanhe os tópicos abaixo e veja o que pode ser feito:

1. Faça a manutenção de forma preventiva

Não é nada agradável quando chega a hora de se fazer uma aplicação e o pulverizador dá problema. Por isso, a manutenção deve ser preventiva, de forma a deixar o equipamento em perfeitas condições para a safra que se aproxima. Essa manutenção é muito importante, principalmente quando o pulverizador fica parada por um período, pois nesse caso é comum haver ressecamentos, rachaduras em mangueiras, peças desgastadas, entre outros problemas. São pequenas coisas que podem dar uma grande dor de cabeça na hora de pulverizar. Normalmente, o manual do equipamento detalha o que precisa ser observado durante a manutenção preventiva.

Na gestão agrícola, é preciso estar atento ao agendamento e controle dessas manutenções, além assegurar que elas sejam realizadas nas datas previstas. Na safra, as pulverizações deverão ser feitas em momentos específicos durante o ciclo da cultura, e muitas delas não poderão ser adiadas por conta de consertos do pulverizador. Assim, esse equipamento deverá estar em perfeitas condições antes do seu uso.

2. Guarde o pulverizador em ambiente fechado

Os pulverizadores possuem muitos componentes em plástico e borracha, que podem ser facilmente danificados pela exposição ao sol e chuva. O ressecamento desses componentes reduz a vida útil do equipamento e, com certeza, trará problemas para o uso. Por isso, o lugar do pulverizador é em ambiente fechado, protegido do sol e da chuva.

3. Monitore possíveis vazamentos

Tanto na manutenção preventiva, quanto durante o uso, sempre deve-se monitorar os possíveis vazamentos. Esse é um problema bem comum e que impacta em desperdício de produto, perda de qualidade na aplicação e contaminação ambiental. Vazamentos podem indicar danos em peças que precisam ser trocadas ou que alguns reparos foram feitos de maneira inadequada. Os vazamentos devem ser monitorados especialmente nas mangueiras, nas conexões do circuito de pulverização, na bomba e no mexedor mecânico.

4. Mantenha o equipamento sempre limpo

A limpeza deve ser uma regra a ser seguida com rigidez. Não se recomenda de maneira alguma deixar restos de calda armazenada no tanque, nem mesmo de um dia para o outro. A calda com defensivos pode danificar o pulverizador por efeito corrosivo, podendo também causar entupimento de bomba, de mangueiras e de pontas de pulverização. Produtos que decantam no tanque, principalmente os de formulação em WP ou WG, comumente podem causar problemas com a bomba e entupimento de pontas, caso forem deixados de um dia para o outro no tanque.

5. Utilize pontas de pulverização em perfeitas condições

A qualidade das pontas de pulverização é decisiva para uma aplicação eficiente. Durante uma safra, muito do investimento em produtos passa pelas pontas de pulverização, as quais possuem um custo baixo comparado à função que desempenham. Algumas pontas são feitas de materiais mais resistentes que outras, e por isso devem ser monitoradas, pois o desgaste é natural e inevitável. Operar com pontas desgastadas irá impactar em baixa qualidade de aplicação, desuniformidade de proteção e desperdício de produto. O valor de um conjunto de pontas novas é muito menor do que o prejuízo que uma aplicação de baixa qualidade pode gerar.

Caso tenha problemas com pontas entupidas, jamais tente desobstruir utilizando a boca ou objetos pontiagudos como agulhas ou arame. O correto é utilizar jato de ar ou uma escovinha macia destinada para essa finalidade. Objetos metálicos causam desgaste e danificam a ponta, podendo inviabilizá-la para uso.

6. Use filtros adequados às pontas e ao tipo de produto

Os filtros possuem a função de barrar pequenas impurezas, que poderiam obstruir a ponta, porém os filtros não podem obstruir a passagem do produto. Assim, deve-se adequar o filtro ao tipo de ponta que está sendo usada e também ao tipo de calda que será aplicada. Formulações pó-molhável (PM) ou suspensão concentrada (SC), por possuírem partículas sólidas em suspensão na calda, podem apresentar problemas quando utilizadas com filtros de malha muito fina, uma vez que partículas de pó podem ficar retidos no filtro, formando uma pasta que pode obstruí-lo. Isso exigirá do operador paradas para limpeza de bicos com frequência. (Ver figura abaixo)

7. Monitore o funcionamento do agitador de calda, ele é fundamental

É possível misturar diferentes defensivos no tanque do pulverizador para a aplicação. Porém, é necessária uma correta preparação desta calda para não comprometer a qualidade. A ordem de colocação dos produtos deve ser respeitada e a agitação da calda para homogeneização é fundamental. Produtos com formulações sólidas devem ser adicionados por primeiro e devem ser bem misturados para obter-se total homogeneização e evitar que sejam decantados.

Caso essa etapa seja mal feita, podem ocorrer problemas na bomba e obstrução de pontas e filtros. Caso o agitador do pulverizador seja pouco eficiente e sejam utilizados produtos sólidos, uma prática que pode trazer benefícios é fazer uma pré-mistura antes de adicionar ao tanque do pulverizador.

8. Além de regular o equipamento, realize a calibragem

É na regulagem se prepara o equipamento para atender a uma determinada necessidade, como por exemplo, a escolha das pontas, a adequação do espaçamento entre bicos, o volume de calda a ser aplicado, entre outros. Na calibragem é feita a verificação do equipamento, se está atendendo ao que foi regulado e se foram feitos ajustes finos na pressão para deixá-lo pronto. Nessa fase, por exemplo, instalar um manômetro para verificar a uniformidade da pressão das barras de pulverização é uma prática recomendada.

Um equipamento bem regulado e calibrado é sinal de uma aplicação bem feita. Do contrário, pode-se comprometer o desempenho dos produtos e reduzir a produtividade da cultura.

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