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Saiba mais sobre os percevejos: as principais pragas da soja

Percevejos podem causar até 30% de perdas na produção de soja quando não são manejados corretamente. 30 de novembro de 2023 /// 9 minutos de leitura
percevejos

Os percevejos são insetos com maior potencial para causar danos em lavouras de soja. De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), os percevejos são pragas importantes porque se alimentam diretamente das vagens da planta de soja, o que pode reduzir drasticamente a produtividade da cultura.

Além de sugar os grãos, os percevejos podem causar redução na qualidade do grão, e até mesmo injetar toxinas que fazem com que as plantas se desenvolvam com deformações.

Os principais percevejos que se alimentam da cultura da soja são o percevejo-verde (Nezara viridula), o percevejo-verde-pequeno (Piezodorus guildinii), e o percevejo-marrom (Euschistus heros).

Continue esta leitura para saber mais sobre como os percevejos afetam a cultura da soja, e principalmente, como realizar o manejo correto destes insetos na lavoura.


Percevejos mais importantes da cultura da soja

Apesar de apresentarem hábito alimentar muito semelhante, os percevejos marrom, verde e verde pequeno são insetos com aparência diferente. Além disso, ambos se desenvolvem de formas distintas.

Conheça os principais detalhes e informações sobre cada um destes insetos sugadores:

Percevejo-marrom
O adulto apresenta cor marrom-escura. As duas saliências em forma de espinhos no pronoto também são características marcantes do inseto, mas podem ser modificadas durante o período de inverno, quando ficam arredondadas e com coloração marrom-avermelhada.

Os danos de percevejo-marrom na soja começam assim que as plantas iniciam as fases reprodutivas. Quando não é manejado corretamente, este percevejo pode se alimentar da soja até o período de senescência das plantas.

Segundo a Embrapa, o percevejo-marrom danifica diretamente os grãos presentes nas vagens de soja. A partir do ataque desta praga, pode ocorrer murchamento e redução no peso de grãos, além de deformações nas vagens.

Outro impacto causado pelo percevejo-marrom em lavouras infestadas, é o distúrbio no metabolismo das plantas. Isso pode fazer com a que a lavoura amadureça de forma irregular, afetando bastante a operação de colheita.


Percevejo-verde

As ninfas de percevejo-verde apresentam coloração preta com manchas brancas espalhadas pelo dorso. Na fase adulta, o inseto se torna verde por inteiro, com pequenas manchas brancas arredondadas no dorso.

Os impactos causados pelo percevejo-verde nas plantas de soja são mais intensos durante o período que começa na fase R3, e se encerra na fase R5.5.

Para se alimentar, o percevejo-verde introduz seu aparelho bucal no tecido das plantas de soja com o objetivo de sugar seiva. Neste ato, a praga também injeta enzimas digestivas que podem causar diversos impactos, como queda das folhas durante o período reprodutivo, e a formação de grãos chochos ou manchados.

A injeção de enzimas também pode causar retenção foliar, um dos sintomas da anomalia conhecida atualmente como “soja louca”.


Percevejo-verde-pequeno

Os adultos do percevejo-verde-pequeno medem cerca de 10 mm, sendo esse o comprimento máximo que o inseto pode atingir durante seu ciclo. A praga apresenta coloração verde-clara ou verde-amarelada, e uma listra transversal vermelha ou marrom na parte dorsal do tórax (protórax).

O período crítico, onde os ataques do percevejo-pequeno são mais intensos, acontece entre as fases R4 e R6.

Esta praga afeta diretamente as vagens, os grãos, os ramos e as hastes das plantas de soja. Além disso, ao introduzir seu estilete para sugar seiva da planta, o percevejo-pequeno também pode injetar toxinas que causam sintomas da soja louca, como a retenção foliar.

Quando não manejado adequadamente, o percevejo-pequeno pode causar até 30% de perdas na produtividade da lavoura.

Dicas da Embrapa para manejar percevejos na soja
Segundo publicação da Embrapa, os percevejos colonizam as plantas de soja na fase R1, e se reproduzem entre as fases R2 e R3. Quando estes insetos não são controlados neste período inicial, podem atingir seu pico populacional na fase R7.

De modo geral, a instituição afirma que o manejo precisa ser realizado de forma adequada antes dos insetos colonizarem as plantas de soja. Conhecido como “manejo no cedo”, essa prática atrasa a colonização do percevejo na lavoura de soja com pulverizações de inseticidas, que devem iniciadas a partir do monitoramento, entre as fases R2 e R6.

Além disso, a Embrapa recomenda que as aplicações de inseticidas para o manejo de percevejos na soja sejam realizadas entre 11h e 14h. O objetivo da pulverização neste período é atingir o máximo de percevejos diretamente.

Ainda de acordo com a instituição, a exposição adequada dos percevejos aos inseticidas traz resultados positivos, principalmente quando os produtos entram em contato direto com a praga durante a pulverização, quando o inseto caminha sobre a planta após a pulverização, e quando os insetos ingerem o inseticida a partir da sucção das vagens.

Concluindo a recomendação, o artigo revela que o monitoramento é indispensável para se ter sucesso no manejo de percevejos da soja, e que a praga deve receber atenção desde a semeadura.

Além destas informações, é sabido que Manejo Integrado de Pragas (MIP) promove um manejo de pragas mais eficiente e estratégico.


Tecnologias Bayer para manejo de percevejos na soja

Para ajudar sojicultores no manejo de percevejos que atacam a cultura da soja, Bayer oferece os inseticidas CURBIX® e CONNECT®.

CURBIX® é um inseticida de contato e ingestão, do grupo químico fenilpirazol. O produto foi desenvolvido para manejar o percevejo-marrom e o percevejo-verde-pequeno.

CONNECT® apresenta um modo de ação diferente. O produto é um inseticida sistêmico, dos grupos químicos dos neonicotinoides (imidacloprido) e piretroides (beta-ciflutrina). A tecnologia foi desenvolvida para manejar o percevejo-marrom, o percevejo-verde e o percevejo-verde-pequeno, além de outras pragas, como a lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis), a mosca-branca (Bemisia tabaci), e o metálico (Maecolaspis calcarisera).


Veja como utilizar os inseticidas Bayer para o manejo de percevejos na soja:

CURBIX®
Para controlar percevejos na soja com CURBIX®, é importante realizar o monitoramento periodicamente, iniciando as aplicações no início da infestação quando forem encontrados 2 percevejos a partir de 3º instar por metro.

Em lavouras destinadas a produção de sementes, aplicar quando for encontrado 1 percevejo por amostragem.

Em caso de reinfestação, é recomendado reaplicar o produto após o intervalo de 7 dias entre as aplicações. É importante que sejam realizadas, no máximo, 2 aplicações de CURBIX® por ciclo de cultivo.

Caso sejam necessárias mais do que duas aplicações, a alternativa é rotacionar ou alternar CURBIX® com inseticidas de modos de ação diferentes, como o CONNECT®.

Benefícios do CURBIX®:

  • Excelente efeito de choque.
  • Longo período de proteção e residual.
  • Eficácia que torna os manejos subsequentes mais eficientes.
  • Efeito superior por contato e ingestão dos percevejos marrom e verde-pequeno.
  • Resistente à lavagem pela chuva.
  • Ação efetiva contra adultos e ninfas.


É importante reforçar que o produto não deve ser aplicado durante o período de inflorescência, quando forem observados os primeiros botões florais, e durante o florescimento.

CONNECT®
O monitoramento é indispensável para que CONNECT® possa ser pulverizado logo no início da infestação de percevejos. O indicador ideal para que o produto seja aplicado é a identificação de 2 percevejos grandes (a partir de 3º instar) por amostragem.

Por outro lado, em lavouras de produção de sementes, a recomendação é aplicar quando 1 percevejo grande for encontrado por amostragem.

Em caso de reinfestação, o produto pode ser aplicado após 5 ou 7 dias desde a primeira aplicação. É importante que sejam realizadas, no máximo, 2 aplicações de inseticida por ciclo de cultivo.

É recomendado que as aplicações de CONNECT® sejam realizadas no período de desenvolvimento vegetativo da lavoura, antes do período de florescimento. Após este período, o produto não poderá ser utilizado até o surgimento do segundo broto lateral reprodutivo das plantas.

As aplicações podem ser reiniciadas após o período de florescimento, quando as plantas estiverem começando a desenvolver suas vagens.

Para uso eficiente e estratégico deste inseticida, é essencial respeitar a distância de 2 metros entre a área em tratamento e áreas adjacentes.

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