Como proteger a soja contra os danos do mofo-branco?
Saiba mais sobre as características do mofo-branco da soja e conheça as melhores estratégias de manejo para evitar prejuízos na sua lavoura de soja.O mofo-branco é uma doença agressiva, com ampla gama de plantas hospedeiras, atingindo pelo menos 400 espécies diferentes. Na lavoura de soja, o mofo-branco se prolifera rapidamente, pois cada planta infectada pode produzir dezenas de escleródios (estruturas de sobrevivência do fungo) capazes de permanecer viáveis no solo por até 10 anos. Essa característica facilita a disseminação pelo vento, pela água, por sementes contaminadas e pelo trânsito de máquinas entre áreas de cultivo.
Segundo a Embrapa, o mofo-branco na soja já está presente em quase 30% das lavouras brasileiras e pode provocar perdas de produtividade que chegam a 70%.
Os principais sintomas incluem lesões encharcadas de água com margens claras, murchamento, clareamento da cor das plantas e fragmentação dos talos.
"O mofo-branco tem um meio de se introduzir dentro da semente ou junto da semente, por meio dessas estruturas. Uma vez introduzida, a doença tem uma característica de perpetuação durante vários anos", explica Senio Prestes, engenheiro agrônomo..
Principais características do mofo-branco
Quando presente na lavoura de soja, o mofo-branco compromete o enchimento dos grãos: as vagens infectadas produzem sementes menores, enrugadas e com coloração anormal.
A fase mais vulnerável da soja ocorre entre a floração plena e o início da formação das vagens, período em que o patógeno ataca as estruturas reprodutivas da planta. O mofo-branco é favorecido por ambientes úmidos, temperaturas amenas (abaixo de 20 °C) e alta umidade relativa do ar.
Por isso, o monitoramento à procura de apotécios — estruturas do fungo presentes no solo — deve ser realizado com atenção redobrada sempre que as condições climáticas forem favoráveis e antes de a planta atingir seu estágio crítico de infecção. Em áreas com histórico da doença, como lavouras de soja onde já houve ocorrência de mofo-branco nas plantas, a probabilidade de novos surtos é alta, tornando a erradicação extremamente difícil.
Como proteger sua lavoura de soja do mofo-branco?
Para evitar os prejuízos causados pelo mofo-branco, algumas estratégias culturais são importantes para prevenir a contaminação da lavoura de soja:
- Sistema de plantio direto sobre palha, que ajuda a reduzir a germinação dos escleródios no solo;
- Rotação ou sucessão de culturas não hospedeiras, diminuindo a sobrevivência do patógeno;
- Escolha de cultivares pouco ramificadas e com folhas menores, favorecendo a aeração entre as plantas;
- População de plantas e espaçamento entrelinhas ajustados às características da cultivar;
- Uso de sementes de alta qualidade sanitária e fisiológica, evitando a introdução do fungo;
- Limpeza criteriosa dos maquinários, para impedir a disseminação do bicho de mofo-branco entre as áreas.
Além dessas práticas, o controle químico com fungicidas para mofo-branco continua sendo uma das medidas mais eficazes.
Para esse manejo, a Bayer apresenta uma nova solução: o fungicida Attila. A primeira aplicação deve ser feita de forma preventiva, assim que surgirem as primeiras flores na porção inferior das plantas. Dependendo das condições ambientais e da presença de flores e apotécios na área, uma segunda e, em alguns casos, até uma terceira aplicação podem ser necessárias.
Attila traz a potência e a eficácia do fluopiram, um novo ativo que eleva o controle do mofo-branco na soja.
"Attila tem uma característica muito importante para o controle do mofo-branco, que é a sua sistemicidade. Ou seja, quando aplicado sobre a planta de soja, vai proteger as flores que são a porta de entrada do fungo na planta. É também um produto que não vai ser lavado, não sai com a chuva. Essa é outra característica importantíssima desse fungicida", ressalta Lucas Cardoso Santos, gerente de fungicidas da Bayer.