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O que fazer para produzir uma silagem de qualidade?

Confira as melhores práticas para a produção de silagem, com orientações que garantem alto valor nutritivo e maior rentabilidade para a propriedade.
02 de maio de 2023 /// 7 minutos de leitura

Melhores práticas de produção de silagem


A silagem é uma forragem verde armazenada em ambiente anaeróbio, ou seja, sem a presença de ar, e conservada em silos por meio de fermentação, que é realizada por bactérias que consomem principalmente os açúcares disponíveis no material. Esse processo reduz o pH, impedindo a multiplicação de microrganismos indesejáveis que poderiam causar a deterioração do produto final.

A produção de silagem de milho, assim como de silagem de sorgo, é uma das mais comuns devido ao alto valor nutritivo e ao bom rendimento por hectare. No entanto, a silagem pode ser feita com praticamente qualquer planta forrageira.

No verão, as principais espécies indicadas para silagem incluem:

  • Milho para silagem
  • Sorgo
  • Girassol
  • Soja
  • Alfafa
  • Papuã
  • Capins

Já no inverno, podem ser utilizadas:

  • Azevém
  • Aveia
  • Cevada
  • Trigo
  • Centeio
  • Triticale

Como escolher as cultivares para a silagem?


No geral, o milho para silagem é a cultura mais utilizada quando o assunto é produção de silagem, graças ao seu alto potencial produtivo e nutritivo, elevado rendimento por área, ampla oferta de híbridos, qualidade energética superior e ótima aceitação pelos animais.

"Hoje, entre 18% até 22% da área total plantada de milho no Brasil vai ser convertida em silagem", conta João Ricardo Pereira, Doutor em nutrição de ruminantes pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).   

Para produzir uma silagem de milho de alta qualidade, é essencial que o produtor faça uma escolha criteriosa das cultivares. A seleção do híbrido ideal é determinante para o sucesso da atividade. É fundamental monitorar a lavoura de milho para identificar as principais pragas e doenças da região, optando por híbridos mais resistentes. Outro ponto importante é alinhar o ciclo vegetativo da planta com o manejo de corte, permitindo que a colheita seja feita no estágio ideal para a ensilagem.

"Lembrando que na silagem guardamos folhagem e principalmente grãos. Quanto maior a qualidade da silagem, maior a eficiência na produção", acrescenta João Ricardo.   


Diferenciais dos híbridos da Bayer


As sementes Agroceres , Agroeste  e Dekalb oferecem híbridos de milho para silagem reconhecidos pela alta performance, sanidade, estabilidade produtiva e excelente qualidade de grãos, colmo e raiz.

"Nós temos a tecnologia mais completa no mercado, o VT PRO4®. Essa tecnologia está no AS1850, que oferecemos tanto para grão como para silagem, e no AS1844 PRO4, um híbrido que se destaca por ter melhor arranque inicial no mercado, contemplando também sanidade, estabilidade produtividade e uma ótima tolerância contra as principais doenças e a cigarrinha", comenta João Serrano, representante comercial Agroeste.  

Pedro Versari, representante técnico de vendas da Agroceres, ressalta que a marca conta com híbridos adaptados para diferentes regiões do Brasil, garantindo resultados consistentes em variadas condições de produção.

Já na Dekalb, o representante técnico Rodrigo Perusso destaca os híbridos DKB 255, DKB 360 e DKB 290, que se sobressaem pela capacidade de produzir uma silagem rápida e de extrema qualidade.


"São híbridos de milho que proporcionam uma silagem rápida e de extrema qualidade, além de análises patológicas que permitem entregar o melhor em qualidade para o nosso agricultor"  , comenta o técnico de venda de Dekalb.


Fatores que potencializam o sucesso da silagem


O processo de confecção e conservação do material é decisivo para obter o rendimento desejado e a qualidade final da silagem. Entre os pontos mais importantes está o teor de matéria seca da forragem no momento da ensilagem, determinado na colheita, que é um fator muito importante para o processo fermentativo e consequentemente para a qualidade da atividade.

O ponto ideal para colher é quando a planta apresenta 30% a 35% de matéria seca (ou 65% a 70% de umidade), condição que favorece o desenvolvimento das bactérias benéficas, responsáveis pela fermentação e conservação da silagem de milho ou de outras forrageiras.

Outro fator é o tamanho da partícula da silagem. Quando o corte não é feito corretamente, partículas muito grandes dificultam a compactação e a expulsão do ar, além de reduzir o aproveitamento do alimento pelos animais. Para definir o tamanho ideal, é necessário considerar:

  • Tipo de colheitadeira ou máquina de silagem utilizada
  • Composição da dieta, de acordo com as exigências nutricionais dos animais;
  • Método de remoção e mistura da silagem durante o fornecimento.

Por isso, não existe um padrão único: cada propriedade deve ajustar o corte conforme sua realidade. Além disso, a vedação do silo e a compactação correta da silagem são determinantes para evitar perdas.

No caso dos silos trincheira, frequentemente usados no Brasil, recomenda-se que o enchimento seja feito rapidamente e do fundo para a boca, com compactação intensa para eliminar o máximo de ar. Em seguida, a silagem (massa ensilada) deve ser vedada com lona plástica e coberta com uma camada de terra ou material similar, garantindo a compressão adequada e evitando o aquecimento pela radiação solar.

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