Custos com frete estão em queda no Brasil

Os custos com frete estão menores em grande parte das regiões acompanhadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No boletim logístico de maio, a companhia observou que a maioria dos locais estão com as cotações desse serviço abaixo do que foi registrado no mesmo período do ano anterior.

Esse cenário pode ser explicado principalmente pelo ritmo mais lento da comercialização de soja e de milho em 2024 por todo o país, reflexo dos preços menores no mercado internacional.

Além disso, outros fatores contribuem para a queda do frete. Na Bahia, a alta disponibilidade de prestadores do serviço contribui para a queda das cotações. Enquanto no Distrito Federal, a retração fica por conta dos valores do óleo diesel, com maior estabilidade nos últimos meses.

Em Goiás, volumes menores estão sendo comercializados a fim de cobrir os custos, enquanto grande parte da produção é armazenada para vendas futuras. No Maranhão, a colheita está atrasada se comparada ao ciclo passado, devido ao plantio e maior incidência de chuvas.

Já em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul existe a previsão de que o quadro seja revertido nos próximos meses. Nesses estados, diminuiu a oferta de caminhões devido a migração para outras regiões com demanda de transportes. A chegada da colheita do milho, no entanto, pressiona a liberação de espaço nos armazéns, aumenta o escoamento e, consequentemente, a demanda por fretes.

A principal exceção foi observada em Minas Gerais, onde os preços do frete estão maiores do que em 2023. A alta pode ser explicada pelo aumento no volume de exportações no período, sendo 4,4% maior no primeiro trimestre deste ano, destacando os embarques de café e açúcar.

O professor Marcos Fava Neves comenta a situação dos fretes no Brasil: "É muito interessante observar essa oscilação nos preços do frete quando há uma demanda elevada por conta da colheita e os períodos que são caracterizados pela entressafra. Isso mostra para o agro brasileiro que é preciso expandir a capacidade de armazenagem. Assim, o produtor consegue reter o grão na fazenda, aproveitar os melhores momentos de comercialização e, principalmente, equalizar o frete ao longo do ano. Isso é bom tanto para quem demanda como para quem oferta frete."

Giro de notícias

As cotações do trigo atingiram o patamar mais alto desde julho de 2023. Os vendedores se baseiam na alta significativa dos custos de importação e pouca oferta de trigo de boa qualidade no mercado.

O Brasil pode ser o maior produtor mundial de café conilon. Em 2 anos, o país tem potencial para superar o líder Vietnã, que vem sendo atingido pela seca e pode ter a produção reduzida em até 2 milhões de sacas.

As exportações de suco de laranja seguem em queda. Esse movimento já era esperado pelo mercado brasileiro, porque a oferta do produto está restrita. Para 2024/2025, os embarques devem continuar limitados.

Inscrições abertas para o Prêmio Mulheres do Agro!

Estão abertas as inscrições para o Prêmio Mulheres do Agro! A iniciativa é idealizada pela Bayer, em parceria com a Associação Brasileira do Agronegócio, para reconhecer produtoras rurais que realizam uma gestão sustentável.

Podem participar gestoras de fazendas de todos os tamanhos, regiões e culturas do Brasil. Além disso, pesquisadoras atuantes em instituições de pesquisa também podem concorrer na categoria ciência e pesquisa.