Blog do Agro

Tudo sobre como eliminar as pragas do milho

Diversos agentes podem colocar em risco a sua produção. Saiba como as principais pragas do milho atuam e como podem ser combatidas15 de setembro de 2022

Com mais de 100 milhões de toneladas colhidas por ano, o milho é um dos principais produtos nacionais, representando, ao lado da soja, cerca de 80% de toda a produção de grãos no país, segundo o Ministério da Agricultura.

Devido ao papel fundamental na indústria alimentícia, a qualidade da produção deve ser preservada, com o produtor tomando os cuidados com a fertilidade do solo, doenças nas plantas, manejo adequado e, principalmente, o ataque de pragas.

Um dos maiores desafios no cultivo, as pragas podem representar a ruína de toda uma safra. Estudos apontam que, em níveis mais avançados de ataque, insetos podem representar uma redução de até 91% no número de grãos por espigas.

Assim, é importante conhecer as principais pragas e a melhor forma de combater esse problema.

1.Percevejo

Uma praga comum no início da cultura milho em sucessão a de soja, os percevejos podem representar uma dor de cabeça gigante ao produtor, causando danos severos.

Segundo a Embrapa, esses insetos se alimentam de grãos em enchimento, podendo reduzir em 60% o peso dos grãos e em até 98% a germinação das sementes.

As ninfas e os adultos podem ainda se alimentar das raízes e sugar a seiva, podendo até matar a planta.

Os tipos mais comuns encontrados no milho são o percevejo-marrom e o percevejo-barriga verde.

Para evitar a praga, as melhores opções são iniciar o plantio no limpo, fazendo uma dessecação antecipada da área, além de buscar o tratamento das sementes e monitoramento da área do plantio.

Inseticidas também se mostram efetivos no controle da praga, tanto para o percevejo-marrom, como para o percevejo-barriga verde, com produtos CropStar, que oferecem prevenção ainda na fase inicial, no tratamento das sementes.

Leia também: Leia também: 6 Dicas para controle de percevejos na cultura do milho

2. Lagarta-elasmo

Com cerca de 15 mm, a lagarta-elasmo tem se tornado uma praga cada vez mais comum em plantações de milho, sendo encontrada principalmente em períodos secos e em regiões de solo arenoso e com palha.

Elas são conhecidas por consumir folhas até a região do coleto da planta, atingindo o caule. Nesse processo, podem reduzir o desenvolvimento da planta e até causar a morte.

Esse tipo de larva costuma levar 28 dias para atingir a fase adulta.

A melhor forma de controle da praga é o tratamento das sementes e o monitoramento da área de plantio nos primeiros dias após a germinação.

3. Pulgão

Com o corpo alongado e coloração amarelo-esverdeada, o pulgão-do-milho se apresenta em colônias que podem comprometer toda uma plantação.

Encontrado em qualquer variedade de milho, o inseto é visto principalmente durante o período de pendoamento da cultura. Contudo, a sua presença nas fases iniciais da lavoura pode representar os maiores danos visíveis na fase reprodutiva.

O pulgão-do-milho suga a seiva do floema, deixando a planta murcha e sem coloração nas folhas promovendo o surgimento de espigas incompletas ou estéreis.

Além disso, esses insetos soltam um excremento açucarado na planta, que favorece o desenvolvimento de fungos.

O diagnóstico precoce é de suma importância para evitar a formação da colônia para controlar a praga. O monitoramento é essencial, e o uso de inseticidas apresenta resultados efetivos.

O controle natural dos pulgões também é possível. Alguns insetos, como joaninhas e tesourinhas são predadores naturais. Parasitóides, como o Aphidius sp., também colocam seus ovos em ninfas de pulgões, paralisando suas ações.

4 . Coró

Mais comuns no período entre outubro e dezembro, os corós são larvas que se alimentam do sistema radicular das plantas, causando falhas nas linhas de plantio.

O tratamento adequado de sementes é eficaz, assim como o preparo antecipado da área do plantio. Também é recomendado a destruição dos restos da cultura após a colheita para evitar a proliferação da praga.

5. Lagarta-militar

A lagarta-da-militar, do grupo Spodoptera spp, é uma das principais pragas que afetam a produção de milho no Brasil.

Com ciclo de vida de 30 dias, esse tipo de lagarta pode por até 200 ovos por postura. Após eclodirem, as larvas começam a se alimentar das folhas, reduzindo a capacidade de fotossíntese pela planta. Em condições de alta pressão, podem persistir até a fase reprodutiva do milho e penetrarem no interior da espiga, destruindo os grãos em formação.

Além dos danos que a própria lagarta causa, ela ainda facilita o surgimento de outros tipos de pragas na plantação.

O monitoramento de todo o processo de plantio é importante para acompanhar o surgimento de adultos.

O tratamento químico pode ser realizado também para eliminar a presença da praga. Produtos como o inseticida Belt possuem eficiência ainda maior contra lagartas de difícil controle.

Não deixe de prevenir sua lavoura e estar sempre de olho nestas pragas que podem prejudicar a sua colheita ou até a qualidade do produto! As ações de controle antecipadas favorecem maior efetividade no controle das pragas e podem minimizar os riscos por perdas causadas por elas.

exclusivo para usuários logadosArtigos salvos e temas de interesseRealize seu login para salvar artigos e escolher os temas de seu maior interesse. Você poderá acessá-los a qualquer momento, sem perder de vista nenhum conteúdo de relevância pra você.