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Percevejo-marrom na mira: como identificar e controlar essa praga
23 de agosto de 2023
De acordo com a Embrapa, o dano que o percevejo-marrom (Euschistus heros) pode causar em um hectare de soja é de quase 1 kg por dia. Considerando um período médio de ataque de 35 dias, o impacto é de aproximadamente 30 kg por hectare com apenas um indivíduo.
O professor e pesquisador de entomologia da Unesp, Geraldo Papa, explica qual é a melhor forma de controle desse inseto, que pode prejudicar seriamente a produtividade da sua lavoura. "É necessário um manejo eficiente no controle de plantas voluntárias, ou seja, se você plantou milho e nasceu soja, ela é uma planta daninha que reproduz o percevejo-marrom."
Mas como identificar essa praga?
Outro importante passo no combate ao percevejo-marrom é a correta identificação da praga. O inseto adulto tem coloração marrom escura, com dois prolongamentos laterais do pronoto em forma de espinhos e uma meia-lua branca no final do escutelo.
No verão, esses prolongamentos costumam ficar mais escuros e longos do que no inverno. E atenção: o maior impacto ocorre quando os percevejos atacam as vagens em desenvolvimento, pois isso resulta em má formação dos grãos e consequente redução da produtividade.
Sinais do ataque do percevejo-marrom
Nas lavouras de soja afetadas por essa praga podem ocorrer sintomas de retenção foliar, o que prejudica a colheita e aumenta a umidade dos grãos colhidos. Além disso, é preciso ficar de olho em percevejos até quando a soja não está presente em campo, no período da entressafra, porque o percevejo-marrom sobrevive alimentando-se de outras plantas hospedeiras.
Por isso, realizar um monitoramento adequado oferece uma grande vantagem, pois permite identificar precocemente esses insetos e determinar o momento ideal de aplicação de inseticidas. As aplicações desses produtos devem ser nas horas mais frescas do dia, quando a movimentação dos percevejos na lavoura é muito maior. Em períodos muito quentes, eles buscam abrigo no dossel da planta ou até mesmo na palhada.
Melhores práticas para o manejo com inseticidas
Durante o período de floração da soja, nos estágios R1 e R2, ocorre a colonização das pragas e sua população aumenta gradualmente. Após essa fase, entramos em um período de alerta no qual o monitoramento contínuo é essencial, pois caso seja identificada uma população significativamente alta, pode ser necessário antecipar as aplicações de inseticidas para reduzir o nível populacional antes do estágio R4, que é o final do desenvolvimento das vagens e um período crítico, com maior potencial de dano.
"Entre os estágios R3 a R5 acontece a principal aplicação. O produtor tem que tomar o máximo de cuidado possível e escolher o que houver de melhor em termos de inseticidas registrados para o controle. É importante optar por um inseticida que, além da ação de choque, tenha residualidade", orienta o professor da Unesp.
Soluções Bayer para o controle do percevejo-marrom
Uma valiosa ferramenta no controle do percevejo-marrom na cultura da soja é o Curbix®. Esse inseticida combate de forma eficiente as infestações, oferecendo um efeito de choque imediato e proporcionando uma proteção prolongada às culturas.
O manejo associado com Connect é altamente recomendado para oferecer um desempenho superior na proteção do potencial produtivo das plantas.
"Pensando no cenário desafiador do percevejo-marrom na soja, conduzimos vários ensaios em diferentes regiões do país, fazendo o manejo associado de Curbix® com Connect®. Esse manejo Bayer apresentou mais de 75% de vitória em comparação com os principais padrões existentes no mercado", conta Mariana Durigan, gerente de soluções agronômicas para inseticidas na Bayer.
O Connect® é um inseticida sistêmico indicado para o controle de pragas sugadoras, que também possui efeito de choque eficaz e período de controle prolongado.
Ainda de acordo com Mariana, o uso combinado desses produtos foi responsável por diminuir drasticamente a população de percevejos nas áreas. "Onde houve essa associação, foi observado uma média de 0,2 percevejo por metro quadrado, enquanto nos padrões que existem no mercado essa média é de 1,6 percevejo por metro quadrado. Ou seja, o manejo Bayer foi 8 vezes superior no controle de percevejo-marrom na soja", conclui.