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Manejo de doenças do milho

23 de maio de 2023

Milho

Algumas doenças do milho podem causar mais de 80% de perdas na lavoura, e devem ser manejadas com estratégias e produtos eficientes.

As doenças são um dos principais fatores limitantes de produtividade da cultura do milho no Brasil. Junto com o controle de pragas e plantas daninhas, o manejo de doenças do milho é parte importante da estratégia de gestão da lavoura quando o foco é alcançar altas produtividades.

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), o manejo integrado de doenças da cultura do milho envolve tratos culturais, fungicidas químicos, fungicidas biológicos e muito conhecimento sobre as principais doenças da cultura.


Compreender estes três elementos ajuda muito na hora de executar as principais recomendações de manejo de doenças. Algumas delas são classificadas como ações preventivas, enquanto outras são chamadas de ações curativas.

As recomendações de manejo preventivo são:

  • Levantamento do histórico da lavoura
    histórico da lavoura vai apontar quais doenças ocorrem com mais frequência na área, facilitando a adoção de todas as outras práticas de manejo integrado de doenças.
  • Utilização de cultivares resistentes
    pós conhecer o histórico de doenças da lavoura, é possível escolher híbridos de milho com características de resistência ou tolerância aos principais patógenos identificados.
  • Plantio em época adequada
    importante evitar plantar em períodos que coincidem com as condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento das doenças.
  • Atenção com as sementes
    ementes de boa qualidade, tratadas com fungicidas e inseticidas, ajudam na redução de pressão de doenças logo no início da safra de milho.
  • Rotação de culturas
    adoção da rotação de culturas com espécies não suscetíveis às doenças pode interromper o ciclo de desenvolvimento dos patógenos, reduzindo a pressão de doenças na safra subsequente.
  • Rotação de cultivares
    uso de diferentes cultivares de milho ao longo das safras é uma ação de longo prazo, que ajuda a preservar as características de resistência das plantas a doenças.
  • Manejo correto da lavoura
    plantio com população de plantas adequadas, e adubação equilibrada de nitrogênio e potássio, são importantes para promover a sanidade do milho.
  • Manejo de pragas e plantas daninhas
    manejo de pragas é importante, pois os danos causados por insetos podem abrir espaço para entrada de fungos e infecções. Plantas daninhas podem hospedar doenças, e devem ser controladas. O manejo pré-emergente de plantas daninhas, e a colheita na época correta, contribuem para redução da pressão de plantas daninhas.
  • Pulverização preventiva de fungicidas químicos e biológicos
    ependendo do histórico da lavoura, e das características de resistência a doenças do híbrido de milho, é possível elaborar o planejamento de pulverização de fungicidas preventivos, que antecipam a proteção da cultura.

O manejo curativo de doenças integra as seguintes ações:

  • Monitoramento adequado da lavoura
    extremamente importante saber identificar as doenças na lavoura de milho, e conhecer os fatores que favorecem o desenvolvimento dos patógenos, para escolher o melhor produto e momento para controlar a doença.
  • Uso de fungicidas curativos
    importante conhecer os fungicidas preventivos e curativos. Os preventivos devem ser utilizados de acordo com o planejamento do manejo da lavoura, enquanto os curativos, impactam diretamente o patógeno que está se desenvolvendo nas plantas de milho.

As principais doenças do milho

Para realizar o monitoramento eficiente de doenças em lavouras de milho, é necessário saber:

  • Quais são as principais doenças do milho
  • As condições que favorecem a ocorrência da doença
  • Os sintomas visuais da doença

Entre as principais doenças que reduzem a produtividade do milho, estão a mancha branca, a mancha de cercospora, a fusariose, a mancha foliar e a ferrugem polissora.

Mancha de Cercospora

A mancha de cercospora é causada pelo fungo Cercospora zeae-maydis, e pode ser encontrada na lavoura do estádio VT ao R4. Os esporos do patógeno podem ser disseminados pelo vento ou pela chuva.

A doença causa perdas superiores a 80% nas lavouras de milho suscetíveis, e ocorre com maior intensidade na fase de floração do milho.

O monitoramento da mancha de cercospora deve ocorrer durante todo ciclo da cultura.

Principais características da mancha de cercospora são:

  • Manchas de coloração verde-oliva, que variam de retangulares a irregulares, com as lesões que se desenvolvem paralelas às nervuras nas folhas baixeiras.
  • Alta umidade relativa do ar aumenta o número de esporos do fungo e muda a cor dos sintomas para cinza.
  • Em alta pressão, a doença pode causar lesões na bainha foliar, nos colmos e nas brácteas da espiga.

Podridão do Colmo (Fusarium Verticillioides)

A podridão do colmo do milho, também conhecida como Podridão-rosada-da-espiga, Podridão-de-Fusarium e Podridão-dos-grãos é causada pelo fungo Fusarium verticillioides, que acarreta podridão da raiz, colmo, espiga e deterioriação de grãos armazenados. O patógeno pode causar prejuízos acima de 70%.

Assim como a maioria das doenças do milho, a fusariose pode ser disseminada pelo vento e pela chuva.

Os sintomas da doença surgem nos estádios R5 e R6, e ocorrem, principalmente, na base da espiga. A fusariose também pode impactar grãos isolados ou em grupos de grãos.

De modo geral, a doença pode ocorrer em diferentes momentos da safra:

  • Antes da fase de enchimento dos grãos
  • Em plantas jovens e vigorosas
  • Após a maturação fisiológica dos grãos

Mancha foliar

A mancha foliar, também conhecida como mancha de turcicum (Exserohilum turcicum), conhecida também como mancha foliar, é causada pelo fungo Exserohilum turcicum, que pode ser disseminado pelo vento. Quando a doença impacta a lavoura antes do período de floração, os prejuízos podem chegar a 50%.

Os sintomas da doença podem ser identificados nos estádios de desenvolvimento VT até R4 do milho. As características visuais dos sintomas, são:

  • Lesões alongadas, de coloração cinza ou marrom
  • Comprimento variável entre 2,5 e 15 cm nas folhas

Os primeiros sintomas da mancha foliar surgem nas folhas mais velhas, e avançam para as partes mais altas da planta. Com o tempo, as folhas afetadas apresentam aspecto de queima.


As condições favoráveis para o desenvolvimento da mancha foliar, são umidade relativa do ar acima de 90%, ou a presença de orvalho com temperaturas entre 18ºC e 27ºC.

Ferrugem polissora

A ferrugem polissora é causada pelo fungo Puccinia polysora, e pode ocorrer durante todos os estádios de desenvolvimento da cultura do milho.

As características dos sintomas causados pela doença são presença de pústulas circulares ou ovais de cor marrom claras espalhadas nas faces superior e inferior das folhas. A cor das pústulas muda para marrom escura quando a planta atacada se aproxima da maturação.

Estes sintomas causam redução da área foliar da planta, redução do vigor e do peso de grãos, senescência precoce e acamamento. Juntos, os impactos da doença podem gerar perdas de até 65% na produtividade da lavoura.

As condições favoráveis para o desenvolvimento da ferrugem polissora são:

  • Lavouras em altitudes abaixo de 700 m
  • Umidade relativa do ar acima de 90%
  • Temperaturas entre 23ºC e 28ºC.

Mancha branca

A mancha branca, conhecida também como mancha-foliar-de-Phaeosphaeri, é causada pelo fungo Phaeosphaeria maydis, que pode ser disseminado pelo vento e respingos de chuva.

O patógeno pode causar mais de 60% de perdas quando ocorre em cultivares suscetíveis plantadas em áreas com condições favoráveis.

Umidade relativa do ar acima de 60%, elevado volume de precipitação, e temperaturas moderadas – em torno 15ºC a 20ºC, são condições que favorecem a ocorrência e o desenvolvimento da mancha branca.

Os sintomas da doença começam com o aparecimento de pequenas lesões cloróticas nas folhas, que medem até 2 cm em formato arredondado. As manchas geralmente são esbranquiçadas com bordos escuros.

Quando a doença chega a estágios avançados, as manchas se tornam necróticas, de cor palha. As estruturas de reprodução do fungo ficam no centro dessas lesões.

O monitoramento dessa doença deve começar no início do ciclo da cultura do milho.

É importante destacar que, em plantios tardios, a doença causa impactos mais severos. Isso acontece porque o florescimento de lavouras semeadas no final da janela acontece quando há condições favoráveis para o desenvolvimento da mancha branca.

O manejo de doenças do milho com fungicidas Bayer

O manejo eficiente de doenças do milho exige produtos de qualidade, e com diferentes modos de ação. Essas características são importantes nos fungicidas, uma vez que promovem o controle da doença no momento correto, e evitam o desenvolvimento de resistência de patógenos aos fungicidas.

Com o objetivo de proteger a lavoura de milho dos impactos das principais doenças que ocorrem na cultura, a Bayer oferece ao agricultor os fungicidas NATIVO® e FOX XPRO®.

O fungicida NATIVO® é uma ferramenta de manejo de forte ação preventiva e residual. O produto é mesostêmico e sistêmico, e integra os grupos químicos estrobilurina e triazol.

NATIVO foi desenvolvido para manejar as doenças ferrugem polissora, mancha-branca, cercospora, ferrugem-comum (Puccinia sorghi), e mancha foliar na cultura do milho.

O fungicida FOX XPRO® foi desenvolvido para proteger a lavoura de milho das doenças mancha branca, ferrugem-comum, ferrugem polissora, mancha foliar, e cercospora.

Este produto Bayer é mesostêmico e sistêmico, e integra os grupos químicos carboxamida, triazolintiona e estrobilurina. O fungicida deve ser sempre utilizado de maneira preventiva, ou a partir da identificação dos primeiros sintomas das doenças-alvo.

As recomendações para utilizar NATIVO® e FOX XPRO® da melhor forma são:

  • Realizar monitoramento periódico da área.
  • Iniciar as aplicações de maneira preventiva, durante o estádio vegetativo do milho.
  • Aplicar preventivamente ao identificar os primeiros sintomas da doença
  • Monitorar a lavoura e as condições climáticas da região do início ao fim da safra.
  • Realizar uma segunda aplicação apenas após 15 dias da primeira aplicação.
  • Aplicar o fungicida apenas duas vezes por ciclo da cultura.

Especificamente para utilizar FOX XPRO®, adicione óleo metilado de soja na proporção de 0,25% v/v do volume de calda. Dependendo do nível de infestação, pode haver a necessidade de duas aplicações de fungicida na mesma safra. Nesse caso, recomenda-se fungicidas de mecanismo de ação diferente do FOX XPRO®.

Para conhecer melhor o produto FOX XPRO®, acesse nossos conteúdos exclusivos, com casos de usuários e recomendações de manejo específicas para cada doença.


Clicando aqui, você assiste a um vídeo oficial da Bayer que apresenta a solução FOX XPRO® de forma simples e objetiva.

Você pode conhecer melhor as qualidades e benefícios do uso de NATIVO® em lavouras de milho clicando aqui.