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Nutrientes do milho

Conheça os macro e os micronutrientes desta cultura.05 de outubro de 2022 /// 3 minutos de leitura

A planta de milho é altamente exigente em nitrogênio – principal macronutriente demandado pela cultura. Em ordem de importância, os outros macronutrientes do milho são fósforo, potássio, cálcio, enxofre e magnésio. Os micronutrientes que a lavoura de milho precisa são boro, zinco, manganês e ferro.

A diferença entre e macro e micronutriente você já sabe, mas não custa lembrar. De acordo com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária):

  • Macronutrientes: são elementos de que a planta necessita em quantidades elevadas.
  • Micronutrientes: são elementos demandados em quantidades muito pequenas pela planta.

Para ter uma ideia de como a planta utiliza os elementos, confira na tabela a extração média de macronutrientes pela cultura do milho destinada à produção de grãos e silagem em diferentes níveis de produtividade:

Créditos: Circular técnica 78, Embrapa.
Créditos: Circular técnica 78, Embrapa.

Embora requeridos em menores quantias, os micronutrientes do milho também são muito importantes. Para uma produtividade de 9 t de grãos de milho por hectare, são extraídos 2.100 g de ferro, 340 g de manganês, 400 g de zinco, 170 g de boro, 110 g de cobre e, 9 g de molibdênio.

O entendimento sobre estas informações é importante, pois, de acordo com a disponibilidade de cada nutriente no solo, é necessário realizar a adubação da lavoura. O objetivo é completar a disponibilidade dos elementos para que não falte nada para a cultura do milho.

A orientação exata sobre qual e quanto adubo aplicar na lavoura é extraída da análise de solo, que deve ser feita antes do início da safra.

No cultivo do milho, a nutrição adequada é um fator determinante para o sucesso da safra. Compreender a importância dos nutrientes do milho, como nitrogênio, potássio, zinco e ferro, é fundamental para alcançar uma produção de alta qualidade.

A escolha correta da fertilização previne deficiências e garante o desenvolvimento pleno da planta. Descubra como uma estratégia de fertilização inteligente pode identificar e prevenir deficiências nutricionais antes que elas comprometam sua lavoura.

Saiba agora qual é a função de cada macro e micronutriente do milho e quais são os sintomas em caso de déficit de cada um dos elementos.

Quais são os nutrientes do milho?

Para o milho florescer e alcançar seu potencial máximo de produtividade, é fundamental entender a rede de nutrientes que o sustentam.

Divididos em macronutrientes (demandados em grandes quantidades) e micronutrientes (necessários em menores quantidades), desempenham papéis importantes em todas as etapas do desenvolvimento da planta.

Macronutrientes

1. Nitrogênio (N)

Essencial para a síntese de proteínas e clorofila, o nitrogênio impulsiona o crescimento vegetativo, resultando em plantas mais altas e vigorosas. A deficiência dele se manifesta com o amarelecimento das folhas mais velhas, que progride para as mais novas, comprometendo o desenvolvimento e a produtividade.

2. Fósforo (P)

O fósforo desempenha um papel vital no desenvolvimento das raízes, na floração, na formação de grãos e na maturação precoce. Plantas sem esse elemento apresentam crescimento lento, folhas arroxeadas e atraso na floração.

3. Potássio (K)

Sendo o regulador mestre, o potássio está envolvido em diversas funções fisiológicas, como a regulação da água, a ativação de enzimas e a resistência a doenças. Sem ele, há o amarelecimento e queima das margens das folhas, e enfraquecimento do caule.

4. Cálcio (Ca)

Fortalecendo as paredes celulares, o cálcio contribui para a rigidez dos tecidos e a resistência a doenças. A deficiência desse componente causa deformações nas folhas novas, morte do ponto de crescimento e apodrecimento das espigas.

5. Magnésio (Mg)

Como componente central da clorofila, o magnésio participa da conversão da luz solar em energia. A falta disso causa clorose internerval (amarelecimento entre as nervuras das folhas), reduzindo a capacidade fotossintética e a produtividade.

6. Enxofre (S)

O enxofre participa da síntese de aminoácidos essenciais, os blocos de construção das proteínas. A ausência causa amarelecimento generalizado das folhas, especialmente nas mais novas, afetando o crescimento e o desenvolvimento da planta.

Micronutrientes

7. Ferro (Fe)

O ferro participa da formação da clorofila e de enzimas para a produção de energia, sendo o catalisador da fotossíntese do milho. A falta de ferro causa amarelecimento nas folhas mais novas, comprometendo o crescimento.

8. Manganês (Mn)

Como ativador de enzimas do milho, o manganês participa de diversas reações metabólicas, incluindo a fotossíntese, a respiração e a síntese de proteínas. A falta dele causa manchas necróticas.

9. Zinco (Zn)

Promovendo o desenvolvimento, o zinco está envolvido na síntese dos hormônios de crescimento, na divisão celular e na formação de grãos. Sem ele, há o encurtamento dos entrenós, folhas pequenas e deformadas.

10. Cobre (Cu)

O cobre protege as células contra os danos causados pelos radicais livres, contribuindo para a saúde e a longevidade da planta. E na sua falta, há folhas murchas e redução na formação de grãos.

11. Boro (B)

Como arquiteto da estrutura celular, o boro participa da formação das paredes celulares, da divisão celular e do desenvolvimento dos grãos. Sem ele, há deformações nas folhas novas, morte do ponto de crescimento e espigas malformadas.

12. Molibdênio (Mo)

O molibdênio é o fixador de nitrogênio. Ele é essencial para a atividade da enzima nitrogenase, responsável pela fixação biológica do nitrogênio. A falta de molibdênio causa clorose generalizada nas folhas, especialmente nas mais velhas, afetando também o crescimento e o desenvolvimento da planta.

Veja mais: Como o posicionamento de híbridos te ajuda a produzir melhor na safrinha de milho?

Qual a importância da nutrição adequada para o milho?

Os componentes essenciais do milho são os pilares centrais para uma colheita abundante e de alta qualidade. Cada um deles, seja macro ou micro, desempenha um papel específico e vital no ciclo de vida da planta.

Com isso presente de forma equilibrada e completa garante que o milho expresse todo seu potencial genético, resultando em itens mais saudáveis, vigorosas e produtivos.

Ao investir em uma fertilização adequada, o agricultor aumenta seu retorno financeiro, e também contribui para a sustentabilidade do sistema agrícola, reduzindo a necessidade de intervenções químicas e fortalecendo a resiliência da lavoura frente a desafios climáticos e biológicos.

Impacto dos nutrientes na produtividade e saúde das plantas

A relação entre a fertilidade e o desempenho do milho é inegável. Um solo rico em elementos nutritivos, aliado a um plano de adubação bem estruturado, proporciona as condições ideais para a planta crescer e se desenvolver de forma plena.

Isso se traduz em folhas mais resistentes, com maior capacidade de absorção de água, e consequentemente, em uma produção de grãos de melhor qualidade. Ao nutrir o milho de forma adequada, estamos investindo em um futuro mais próspero para a agricultura, com lavouras mais produtivas, resilientes e sustentáveis.

Benefícios da nutrição adequada para a produtividade do milho

Fortalece as defesas contra pragas e doenças

Quando o milho recebe todos os ingredientes vitais que precisa, ele se torna mais resistente a pragas e doenças, reduzindo a necessidade de pesticidas e tratamentos químicos. Isso resulta em uma lavoura mais saudável e com custos de produção mais baixos, beneficiando tanto o agricultor quanto o meio ambiente.

Eleva a qualidade do grão

O fornecimento adequado melhora a qualidade e o volume da colheita, com grãos mais uniformes e nutritivos, agregando valor ao produto e aumentando a lucratividade.

Aumento da qualidade do solo

A adubação equilibrada do milho vai além de fortalecer a planta: ela revitaliza o solo e fomenta a vida em seu interior.

Práticas como a aplicação de fertilizantes orgânicos e a rotação de culturas com leguminosas enriquecem o solo com matéria orgânica, aprimorando sua estrutura, fertilidade e capacidade de reter água, um recurso precioso para a lavoura.

Além disso, um milho bem nutrido desenvolve raízes mais robustas e profundas, que atuam como verdadeiras âncoras, protegendo o solo da erosão e promovendo sua agregação.

Melhora a absorção de água

O suprimento nutricional ideal fortalece as raízes do milho, permitindo que elas penetrem mais fundo no solo em busca de água e outros elementos essenciais, tornando a planta mais resistente à seca e garantindo a produtividade mesmo em condições climáticas adversas.

Estabiliza o crescimento

Uma lavoura que cresce de maneira uniforme é mais fácil de gerenciar e produz resultados mais consistentes. A nutrição completa e balanceada garante que todas as plantas se desenvolvam no mesmo ritmo, simplificando o manejo, desde a irrigação até a colheita, e aumentando a eficiência da produção.

Promovendo sustentabilidade ambiental

Com a nutrição completa e harmoniosa, cada planta pode atingir seu pleno potencial, beneficiando-se de uma resistência natural as adversidades e contribuindo para um sistema agrícola mais equilibrado e responsável.

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