Tudo sobre vazio sanitário da soja

O vazio sanitário da soja é o período em que é proibido manter plantas de soja vivas na lavoura. Coordenada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o objetivo da medida é reduzir a pressão da doença ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrhizi) em todo o Brasil.

De acordo com o Consórcio Antiferrugem, a Ferrugem-Asiática (ou ferrugem da soja) é capaz de causar perdas de até 90% de produtividade se não manejada adequadamente. Segundo o Cepea (Centro de Pesquisas Econômicas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), o custo dos produtores de soja com fungicidas na safra 2016/2017 foi de R$ 8,3 bilhões, sendo que 96% deste gasto foi destinado para o controle da ferrugem.

O vazio sanitário é o período contínuo em que não pode plantar e nem manter vivas plantas de soja em qualquer fase de desenvolvimento na área determinada. (MAPA)

Para evitar que estes gastos e perdas se intensifiquem, o vazio sanitário da soja ocorre todos os anos e interrompe o ciclo de disseminação do fungo causador da doença. Sem plantas vivas no campo, não há inoculação e desenvolvimento do patógeno.

Novas datas para o vazio sanitário da soja

Em fevereiro, o MAPA publicou a Portaria nº 516, que estabelece os períodos de Vazio Sanitário para cultura da soja que deverão ser seguidos pelos estados produtores em todo o país durante o ano de 2022.

A publicação, que ocorre todos os anos desde a implementação do vazio sanitário, apresentou duas novidades para esta safra:

• A abrangência do vazio sanitário da soja foi ampliada de 14 para 21 estados brasileiros.
• O período mínimo obrigatório sem plantas de soja no campo aumentou, passando de 60 para 90 dias.

Confira as datas do calendário do vazio sanitário da soja

De olho na ferrugem-asiática da soja

Em 2004, foi criado pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), o Consórcio Antiferrugem. O consórcio conta com aproximadamente 100 laboratórios em todo o Brasil, capacitados para identificar a ferrugem asiática da soja.

Além disso, a iniciativa reúne cerca de 60 pesquisadores de instituições públicas e privadas, distribuídos por todo o país com o objetivo de monitorar a doença e gerar informações atualizadas sobre o patógeno.

Para acompanhar as informações geradas pelo programa, basta acessar o Portal Do Consórcio Antiferrugem. No site, estão disponibilizados dados históricos e atuais sobre práticas de manejo, produtos para controle da doença, ocorrência da doença por região, estado e cidade, portarias recentes e calendários atualizados do vazio sanitário.

O portal também fornece o “mapa de dispersão da ferrugem-asiática no Brasil”, que é atualizado com os dados de cada safra. Veja o mapa da safra de 2021/2022:

Manejo da ferrugem-asiática da soja

Além de interromper o Ciclo De Desenvolvimento Da Ferrugem-Asiática com o vazio sanitário da soja, são necessárias diversas ações para evitar ou minimizar os impactos da doença. Segundo a Embrapa, as estratégias de manejo da doença são:

• a ausência da semeadura de soja e a eliminação de plantas voluntárias na entressafra por meio do vazio sanitário;
• utilização de cultivares de ciclo precoce;
• semeaduras no início da época recomendada;
• realizar bom manejo nutricional da lavoura;
• utilização racional de fungicidas.

Para conhecer posicionamento de produtos Bayer que possam ajudar no manejo da ferrugem-asiática da soja, acesse um representante técnico em sua região ou procure por um engenheiro agrônomo de confiança.

Fonte: Ag.In.