Foco no manejo do milho tiguera

O milho tiguera, também conhecido como milho voluntário, refere-se a planta que surge de forma não sazonal nas lavouras, a partir de grãos de milho presentes no solo. Considerado uma planta daninha na sojicultura, o milho tiguera deve ser manejado corretamente para evitar perdas de produtividade na safra.

Esta planta invasora tem potencial para reduzir a produtividade da lavoura de soja ao competir com a cultura por água, luz e nutrientes. O milho tiguera também pode aumentar os gastos do agricultor com uso e aplicação de herbicidas.

Além disso, atualmente o milho tiguera também tem sido considerado fator que favorece a multiplicação da cigarrinha-do-milho.

Continue esta leitura para saber o que é milho tiguera, quais são os impactos causados por esta planta indesejada, e como realizar o manejo dela.

O que é milho tiguera ou voluntário?

Milho tiguera e milho voluntário, são expressões utilizadas para se referir a plantas de milho que nascem e crescem de forma espontânea em áreas onde não foram originalmente cultivadas.

Geralmente, as plantas de milho tiguera surgem em lavouras onde o milho foi cultivado na safra anterior. Os grãos de milho também podem vir de outras áreas, carregados pelo vento, ou ação de animais.

Conheça os fatores que podem favorecer o surgimento de milho tiguera na lavoura de soja:

• Dispersão de sementes de milho:
  As sementes de milho tiguera podem ser dispersas pelo vento, chuva, animais ou até mesmo pela colheita inadequada de milho em safras anteriores. Se essas sementes caem ou são deixadas em áreas de cultivo de soja, podem germinar facilmente e se desenvolver junto com a cultura.

• Ausência de manejo pré-plantio
  No sistema de semeadura direta, a soja é cultivada sob os restos culturais do milho. No entanto, antes de semear a oleaginosa, é fundamental realizar uma pulverização com herbicida. Sem esta operação, chamada “manejo pré-plantio”, as plantas daninhas e tigueras conseguem se desenvolver antes mesmo da germinação da cultura da soja.

• Problemas na colheita de milho
  Quando a operação de colheita deixa muitas espigas ou grãos de milho no solo, devido a máquina mau regulada ou falta de manutenção, é certo que algumas tigueras vão germinar. Por isso, além de uma boa colheita de milho, é fundamental realizar o manejo pré-plantio antes de iniciar a safra de soja.

Impactos do milho tiguera na sojicultura

O milho tiguera deve ser manejado adequadamente, porque pode causar uma série de prejuízos, principalmente em lavouras de soja.

Os principais impactos do milho tiguera na sojicultura são:

• Competição por água, luz e nutrientes
  A tiguera de milho disputa os mesmos recursos que são necessários para a cultura da soja, além de concorrer por espaço e acesso a luz solar.

• Ponte verde
  Além de abrigar pragas e doenças que afetam a soja, o milho tiguera pode ajudar a manter no sistema produtivo pragas que afetam o milho, e que podem causar prejuízos na próxima safra. Um bom exemplo desse caso é a presença de enfezamento em milho tiguera.

• Desenvolvimento de resistência a herbicidas
  O uso repetitivo de herbicidas alternativos ao glifosato para manejar tigueras de milho podem selecionar espécies de plantas daninhas resistentes na lavoura, tornando o manejo ainda mais complexo e caro.

Manejo do milho tiguera na cultura da soja

De modo geral, a presença de milho tiguera ou voluntário na lavoura, significa que houve perdas na colheita da safra anterior, e que podem ocorrer perdas de produtividade na cultura da soja.

Neste contexto, a melhor forma de evitar que o milho tiguera afete a sojicultura, é o manejo eficiente de todo o sistema produtivo, do plantio até a colheita.

Mas como sabemos que nem sempre é possível evitar o milho tiguera, é fundamental saber realizar o controle desta planta invasora utilizando herbicidas.

Conheça algumas ações indispensáveis para o bom manejo de milho tiguera:

• Identificação correta da tiguera: é importante saber qual é a planta, e qual é o estágio de desenvolvimento da tiguera.

• Escolha do herbicida: escolha um herbicida graminicida adequado para o controle do milho tiguera na cultura da soja. É importante que os produtos adotados sejam seletivos, ou seja, que tenham ação específica sobre o milho tiguera, mas sejam menos prejudiciais para a cultura da soja.

• Momento de aplicação: o estágio inicial de desenvolvimento das plantas é o mais adequado, pois quando pequeno, o milho tiguera é mais sensível aos herbicidas.

• Dosagem e concentração adequadas: o uso inadequado de herbicidas pode resultar em menor eficácia no controle do milho tiguera, ou danos à cultura da soja. Siga rigorosamente as instruções do fabricante em relação à dosagem e concentração do herbicida que será utilizado.

• Condições climáticas: evite aplicar em dias chuvosos ou com muito vento, pois isso pode afetar a eficácia do produto e causar deriva, levando o herbicida para áreas que não desejadas.

• Rotação de herbicidas: elabore uma estratégia de manejo realizando a rotação de herbicidas. O objetivo é evitar o desenvolvimento de resistência de plantas daninhas.

Depois de realizar a pulverização com herbicidas, faça um monitoramento da área tratada. Avalie a eficácia do controle do milho tiguera, e caso seja necessário, implemente medidas adicionais de controle.

Bayer no manejo de milho tiguera

Para que o produtor possa utilizar um herbicida alternativo e eficaz no manejo de tiguera de milho na cultura da soja, a Bayer oferece o produto PODIUM EW®.

PODIUM EW® é indicado para o controle de gramíneas anuais nas culturas da alface, batata, cebola, cenoura, ervilha, feijão, melão, soja e tomate. Por ser seletivo à soja, este herbicida pode ser aplicado na fase pós-emergente da cultura, facilitando o controle de tiguera.

Quando PODIUM EW® é aplicado, o produto é absorvido pelas folhas, e se desloca rapidamente para os pontos de crescimento do milho tiguera. Com o efeito do produto, o desenvolvimento da planta-alvo é paralisado, e na sequência, ocorre a necrose do tecido foliar do milho tiguera.

Para saber mais sobre o manejo de milho tiguera, assista ao vídeo abaixo, onde especialistas Bayer explicam estratégias e táticas de manejo desta planta invasora: